A Servmar Ambiental e Engenharia, empresa de consultoria ambiental, apresentou recentemente, em São Paulo, a mais nova técnica do mercado internacional para identificar as fontes de contaminação de águas subterrâneas. Em curso realizado para um grupo de profissionais do setor, Ramón Aravena, um dos mais conceituados e respeitados especialistas do mundo em gestão de águas subterrâneas, mostrou a técnica de isótopos ambientais, que vem se tornando referência nos Estados Unidos e Canadá.
A nova técnica permite identificar o “DNA” da contaminação e qual é o comportamento dos contaminantes, como eles se movem e se degradam na água subterrânea, permitindo apontar a fonte da contaminação e o melhor método para o controle do problema.
“Os isótopos permitem obter a impressão digital do contaminante e chegar mais rapidamente à origem do problema, bem como à sua solução”, explicou Ramón Aravena, ao acrescentar que esta ferramenta avançada foi descoberta há apenas três anos, mas já foi reconhecida pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, a maior do mundo e aplicada por cerca de 50 a 60 órgãos governamentais e consultorias de diversos países.A utilização da nova técnica é importante porque em muitos poços de produção de água, a contaminação não tem origem na área do poço, mas é resultado da ação de terceiros instalados em áreas próximas. “O desafio é identificar quem é o causador do problema, daí a relevância da nova técnica de isótopos ambientais”, afirma o geólogo Mateus Simonato, gerente Técnico da Servmar, ao ressaltar que os resultados da aplicação dessa ferramenta têm embasado inclusive decisões de tribunais norte-americanos e canadenses.
Um caso emblemático da utilização dessa técnica, citado por Aravena, é o de uma grande multinacional norte-americana do setor de bens de consumo que conseguiu evitar gastos de pelo menos US$ 10 milhões. Suspeita de ser a responsável pela contaminação das reservas de água da região na qual estava instalada, ela corria o risco de ter que se responsabilizar pela instalação de um novo sistema de abastecimento, com gastos gigantescos. Com o uso da nova técnica, a empresa conseguiu provar que a composição química dos elementos encontrados era diferente daquela dos produtos utilizados em sua atividade e que, portanto, a origem da contaminação era outra.
..:: Fonte: Revista Infra 2009
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